segunda-feira, junho 26, 2006

Poeiras & Perturbações


Pode parecer tardio, o comentário, mas teve-se em mente deixar assentar poeiras literárias. Estas e as que sobram aos leitores das paisagens e lugares de Francisco José Viegas. Exactamente para poder melhor dizer da perturbação, a sua força. A que motiva o Francisco quando, em vésperas de receber o seu justíssimo prémio da APE, se junta aos amigos do Snob para jantar, como se fosse uma noite igual a todas outras tantas vezes. A mesma perturbação que deixa escorrer pelas suas histórias e nos faz sermos, há muitos anos, nos livros ou no Snob, seus fãs incorrigiveis. Foi sexta-feira, 23 de Junho de 2006, para que conste e porque o Snob também esteve de parabéns por isso.

Pedras Levíssima

sexta-feira, junho 23, 2006

SNOBISMOS - O Divã


Quando olhei para a ementa que o Sr. Albino pendurava na coluna, logo à entrada, ainda não sabia como eram os bifes da D. Maria, não conhecia os clientes do Snob e ignorava a importância de preservar a sua primeira regra: não se escreve o que se ouve no Snob. Com os anos, os copos e os bifes, vi trocarem-se ali histórias nunca publicadas. Umas eram pequenas ou médias intrigas, algumas ajudavam a perceber as notícias, outras podiam ter sido grandes “cachas”. Para o jornalismo português, o Snob funciona um pouco como o Speakers Corner. Tudo se pode dizer. Tudo se pode discutir. Mesmo que seja verdade. Há por lá loucos, intriguistas profissionais e histórias tolas? Centenas, sim. O Snob é uma espécie de divã colectivo do jornalismo português. 15 anos de jornalismo, e de Snob, ensinaram-me a respeitar a regra de que o Raúl me falou há tanto tempo: “não se escreve o que se ouve no Snob”. É a única maneira de o mantermos vivo.

Inês Serra Lopes, jornalista
(Texto escrito para a comemoração dos 40 anos do Snob/2004)

SNOBISMOS - Acerca do Snob


Sabe-se que não sou um assíduo do Snob. Mas frequento-lhe o tempo com a mesma insistência.
O Snob é um local de muitas caras, que observam uma única que as estima – a do Albino. O Albino criou o fim do dia e construiu o Templo da noite, para celebrar uma e outra coisa.
O Snob foi mais longe: inventou a penumbra, com duas pedras de gelo e água lisa.

Fernando Tordo, músico
(Texto escrito para a comemoração dos 40 anos do Snob/2004)