quarta-feira, agosto 31, 2005

Patetas

O Alegre é mesmo assim. Fala grosso, estica o pescoço, mas é sempre pólvora seca. E sempre que entra Soares no filme, o poeta mete a viola no saco. Que tristeza. Lembrei-me de um episódio engraçado, ia o Bloco Central a meio. Um dia qualquer, por qualquer razão, Alegre ameaçou ir ao Parlamento desancar no Soares, no Mota Pinto e deixar de ser deputado. A excitação era enorme. Microfones, jornalistas, um corropio. A sessão estava marcada para três. Minutos antes, Soares pediu a um assessor para telefonar ao Alegre para ele ir a São Bento. Quando aterrou no Parlamento, o poeta, comovido, desistiu da ameaça. Patetices.